26 de outubro de 2007

Leia. Mas vote.

Aperta o Botão que é Mais Fácil

Máquinas. Computadores. Sistemas. Criados para simplificar e ajudar as pessoas nas tarefas mais básicas do dia-a-dia, ficaram tão complicados que as pessoas desenvolveram uma nova crise existencial: Qual botão apertar?

Microondas cheio de funções e botões, indispensável na cozinha, mesmo que sua função verdadeira seja requentar os pratos cozinhados nos fornos e fogões tradicionais e fazer pipoca. Alguns até se aventuram a cozinhar brigadeiro. Fazer pipoca (se é que se pode levar o mérito de jogar o pacote lá dentro) requer alguma habilidade de manuseio da máquina. “Apertar o botão, girar o dial 3 vezes para esquerda, uma para direita e escolher a função pipoca: apertar o botão. Ao final é sempre bom colocar mais uns segundinhos para estourar todos os grãos.” E não importa se quem faz a pipoca vai assistir a um filme sozinho na sessão da tarde. É obrigação deglutir todo o pacote de pipoca que a tecnologia inventou para facilitar a vida.

Computadores ficaram tão inteligentes que corrigem qualquer erro. O exemplo básico é digitar qualquer coisa num buscador de internet, se ele não entende a palavra, ele escreve a mensagem: “você quis dizer?”. Resumindo, educadamente o computador acabou de te chamar de ignorante.

Tentar escrever uma palavra errada de propósito em editores de texto como o Word é um trabalho árduo. O programa corrige automaticamente tudo, para fazê-lo, é necessário entrar em opções, desabilitar o corretor automático e escrever a tal palavra. Depois fazer o processo inverso, óbvio, porque desde que o Word acentua as palavras corretamente, ninguém mais o faz.


Caixas eletrônicos possuem algum tipo de perversão secreta. Insira o cartão. Retire o cartão. Insira o cartão novamente. Insira o cartão e espere a mensagem para retirá-lo. É tanto entra e sai, que deve ser uma sensação orgástica para a máquina na hora que o dinheiro é liberado. Será que é só por isso que o dinheiro é liberado no final?

Tecnologia também vicia. Internet. Cafeteiras elétricas. Celulares.

Estes aparelhinhos então viciam mais que qualquer outra droga já inventada. Especialistas garantem, basta uma ligação para ficar preso a este aparelho e praticamente não sair de casa sem ele. O tempo máximo de abstinência que se pode passar com ele são duas horas, isso se estiver dentro do cinema. Foi criado apenas para facilitar a comunicação. Fazer ligações de qualquer lugar (o que ainda não é uma realidade, ele continua não funcionando quando realmente se precisa dele), facilitar o acesso à agenda telefônica, tê-la dentro do aparelho que faz a ligação. Genial não? Não. No caso de perda ou roubo, a sensação que fica é de vazio. Toda a vida social da pessoa some do seu alcance. A memória desaparece. É como as pessoas que se recuperaram do uso de drogas e não lembram de passagens da suas vidas. Ainda não há histórias de pessoas recuperadas do vício que este aparelho causa.

Usar a expressão: “tem café no bule” já não faz o mínimo sentido na vida eletrônica das grandes cidades. Esta em extinção, assim como utilizar coadores de pano para fazer um café – não, aquilo que sua vó usa para fazer café não é a meia velha do seu avô - aqueles ainda utilizados na cidade de Cabrobó do Judas, feitos sem energia elétrica no fogão a lenha que deixam um cheiro delicioso na casa inteira.

19 de outubro de 2007

Antes de Ler, Dê Aquela Votadinha Aqui

O Mundo em uma Telinha de Cristal

Fotos fascinam. Fotos imortalizam. Quando foram inventadas, pessoas tinham medo que suas almas ficassem presas para sempre no papel sépia. Tanto que alguns tiravam fotos dos seus mortos, como se ainda tivessem vivos, para que estes vivessem para sempre.

Os tempos mudaram. As pessoas perderam o medo de perder suas almas para o papel fotográfico, mas continuaram fascinadas por fotos. Álbuns de família, casamento, formatura, churrasco com a galera, Natal em família. Todo mundo se reunia para tirar fotos, filme era caro, revelação também. Durante as viagens, os turistas aproveitavam o passeio, então tiravam fotos.

Desde que as máquinas fotográficas digitais se popularizaram, muitas pessoas começaram a ver o mundo por uma tela de cristal líquido de 3 polegadas . O barulho do click, click, foi substituído por uma ampulhetinha e a palavra saving.

Durante as fotografagem vai tirando uma viagem. Qualquer coisa merece 103 fotos com todos os ângulos possíveis. Inclusive a famosa foto do Bloco do Eu Sozinho, que as pessoas tiram de si mesmas, com paisagem ao fundo – as preferidas dos casais. Depois de admirar o lugar pela tela de cristal, é hora mais um ponto “fotístico”.


- E lá era bonito?
- Não vi direito. Ainda não deu tempo de baixar no computador.

Voltar de viagem e reunir os amigos para mostrar as fotos em casa pra quê? Cria uma galeria na internet. Põe no Orkut com legenda: “Eu e minha gata pagando de patrão na Praia Grande”.

Expectativa para ver se a foto saiu boa não existe mais. Até as antigas Polaroid com revelação instantânea criavam certo mistério, até o papel secar e pegar cor. Hoje, não gostou, apaga e tira de novo. “Aí pisquei! To horrível. Gente, olha que papo. Tira outra.” E a maquininha lá: Flash, Saving... Flash, Saving... Imprimir as fotos? Manda por e-mail, quando muito, se já viu na telinha está de bom tamanho.


- Paguei uma fortuna nesta máquina aqui de 12 Mega Pixel. Diz que ficam bem melhor para imprimir do que as outras.
- Vai imprimir?
- Não. Vou ver no computador mesmo.
- Ahhh!

Espetáculos musicais também se renderam as máquinas digitais, depois da brilhante idéia de alguém, que descobriu que celular não é para fazer ligação, é para ver televisão, tirar foto e rodar Windows. Conseguir entrar em um show com uma máquina, era uma arte. Tinha que muquiar na cueca suja de 2 dias de fila e enfiar na mochila. Isqueiro no alto na baladinha romântica não existe mais. A luz no alto durante todo o show é dos flash e das telinhas filmando. É tanta luz que alguns músicos estão dispensando as luzes nos palcos. Seus fazem o serviço pra eles.


– Se o show foi bom? Não sei. Vou assistir agora no Youtube, responde o fã que gravou tudo.

A facilidade de divulgar filmes e fotos feitas por estas máquinas digitais também tornaram muito fácil de tornar uma pessoa popular. Geralmente por atos e poses comprometedoras. Qualquer coisa mais picante encontradas nos celulares e câmeras não gira na roda de amigos, tem download feito ao redor do mundo. Mas nem precisa se preocupar, as pessoas apagam da memória rapidinho, como as fotos do ex que não merece nem ir para o lixo e poluir o mundo, simplesmente apertam a tecla Delete.

15 de outubro de 2007

Voltando ao Mundo

Primeiro eu tenho que pedir desculpas pelo atraso na postagens e depois de duas semanas de atraso, postar para te pedir um favor. É por uma boa causa. Mesmo está causa sendo apenas minha.

Eu já realizei uma pequena volta ao mundo e agora surgiu a possibilidade de aumentar o número de bandeirinhas diferentes costuradas na minha mochila. Mas para isso eu preciso da sua ajuda, da ajuda dos seus amigos, da sua família, conhecidos e qualquer estranho que passar na rua.

Meses atrás eu me inscrevi numa promoção do biscoito Negresco, aquele que justifica tudo, com a revista Superinteressante – que aliás terá meu blog e meu depoimento na revista do mês - dará uma viagem de volta ao mundo para o vencedor. São diversas categorias e o meu blog está entre os 5 finalistas da categoria. Ficar entre os finalistas parar mim, será muito importante para as minhas pretensões futuras como escritor.

Para concorrer ao prêmio final, ele tem que ser o mais votado entre os 5 blogs, então vou pedir para você não deixar para votar mais tarde, que convenhamos, ninguém faz. Não custa nada, clique no link abaixo e vote. É só entrar no link e clicar no quadradinho “Crônicas de Elevador”. É simples, fácil e não precisa de cadastro. Aliás, se não for pedir muito, divulgue e vote várias vezes.

Não leve a mal minha campanha, mas fazer uma Viagem ao Redor do Mundo de graça também justifica tudo.

http://mundoestranho.abril.com.br/premiovoltaaomundo/finalistas/blog.shtml

Valeu pelo seu voto.
E até o final dessa semana tem crônica nova.

Mais crônicas de Elevador na net:
Comunidade Orkut:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=39685218&refresh=1