Existem inúmeros tipos de caridade. A esmola dada no farol pelo show de malabarismo com limões do seu sobrinho que não é filho do seu irmão ou da sua irmã, a cesta básica, meu salário, a ligação da poltrona e o beijo dado numa pessoa mais feia que você.
Sim, caridade. Porque beijar alguém mais feio é uma boa ação.
Para identificar se alguém está fazendo caridade, basta instituir uma escala arbitrária de beleza. Pode ser o padrão Qual shopping dá para passear de mãos dadas ou uma simples escala de 1 a 10. Depois é só encaixar cada ser humano dentro dessa linha de beleza e fazer a comparação.
Exemplificando:
A Mulher M é nota 8, na balada, por motivos obscuros (e nunca claro o suficiente) ela fica com um Cara H nota 4. Está feita a boa ação dela (se ela for para cama com ele, então é céu direto).
Porque boa ação? Porque o cidadão nota 4 vai contar para todos os amigos que ficou com uma menina muito gata e vai para casa mais feliz. Ou seja, ela deu para ele o que talvez ele nunca tivesse. E dar para alguém algo que não teria é boa ação e boa ação é caridade.
Até para quem beijou, no caso M, é melhor pensar como caridade do que tentar justificar o injustificável para as amigas (e a si própria) e dizer que H era “simpático” ou “gente fina” ou “engraçado”. Porque caridade faz bem para alma.
Resumindo, beijar alguém mais feio é fazer a vida de alguém melhor. Dá até para lançar campanha: “Faça sua boa ação hoje. Beije um feinho”.
A partir de agora se encaixe na tabela e não se culpe ao beijar alguém mais feio. Diga aos seus amigos que você é uma pessoa altruísta, que gosta de fazer o próximo feliz. Mesmo, porque alguém, algum dia, ainda fará caridade com você.
16 de abril de 2007
10 de abril de 2007
Cuidado. Não Siga as Placas.
Já fizeram pesquisa de quanto tempo de nossas vidas passamos dormindo, comendo e até transando (sortudos participantes), mas ninguém nunca se preocupou com quanto tempo ficamos trancafiados no carro seguindo placas. É, placas de trânsito. Nos congestionamentos, nas viagens ou quando estamos perdidos.
Quando estamos perdidos, geralmente elas não costumam ajudar muito. As micro-placas em cima das placas com nomes de rua informando com uma setinha onde fica o Carrefour mais próximo são muito mais úteis.
Nas estradas federais as placas são artigos de raros de diversão, por exemplo, pode-se brincar de “adivinha” com as que estão escondidas atrás do mato. A resposta vem sempre na próxima curva com um carro batido ou um caminhão que desceu a ribanceira. Dizia: Cuidado. Curva perigosa a frente.
Outra diz - Trecho com alto índice de acidentes – Mas não existe uma placa que diz: Fim do trecho com alto índice de acidentes. É mais fácil usar a sinceridade para convencer o motorista a ir mais devagar e ser cauteloso como a que informa: Cuidado. Perigo de morte. Mais prática e não é preciso dirigir até o final do trecho de acidentes, se chegou ao fim, é porque a placa cumpriu sua função.
Talvez seja nesse contexto que aquela que informa Mudança de Sentido faça algum sentido. O cara que morreu mudou realmente sentido, ele estava indo em frente agora está indo para cima, ou para baixo (quem sabe?). Ou essas placa tem alguma mensagem subliminar que deixa as pessoas mais felizes e elas descobrem um novo sentido na vida?
E porque a nossa placa de: Cuidado. Animais na pista é um veadinho saltitante? Nós não temos Bambis nas nossas matas, alguns dizem que tem nos estádios, mas nas nossas matas predominam os lobos, as capivaras e até as jaguatiricas, mas, não os veadinhos saltitantes das placas. Nas ruas virá e meche tem um viado atropelado, mas nunca um veado.
Nas marginais em São Paulo às placas são um capitulo a parte. No horário do rush todo mundo respeita a placa de Velocidade Máxima. O respeito é tão grande que ninguém nem anda. Ficam todos lá, paradões. Mas é ai que surge o outro problema, estão infringindo a placa de Proibido Parar. Isso mostra como a CET é burra. Ela cumpriria a meta diária de multas muito mais rápido deixasse um marronzinho anotando as placas dos carros que pararem em baixo da placa. Multa rotativa: 1 carro por minuto. Às vezes 1 carro a cada 5 minutos. Depende do trânsito.
Agora os shoppings centers deveriam ser processados por propaganda enganosa. Ao entrar no estacionamento criam à esperança que a sua experiência rodando no estacionamento por horas vai durar segundos, bastando seguir as placas de Vagas. Mentira. Tudo mentira. Não importa o quão cedo você chegou às vagas já estarão tomadas e o cinema começará antes de uma vaga desocupar. Se as placas informassem - Vagas Ocupadas. Seja paciente e fique rodando – seria mais honesto.
Então pense, dá próxima vez que for tirar o carro da garagem talvez você devesse seguir o conselho de uma dessas infinidades de placa e fazer o Retorno.
Quando estamos perdidos, geralmente elas não costumam ajudar muito. As micro-placas em cima das placas com nomes de rua informando com uma setinha onde fica o Carrefour mais próximo são muito mais úteis.
Nas estradas federais as placas são artigos de raros de diversão, por exemplo, pode-se brincar de “adivinha” com as que estão escondidas atrás do mato. A resposta vem sempre na próxima curva com um carro batido ou um caminhão que desceu a ribanceira. Dizia: Cuidado. Curva perigosa a frente.
Outra diz - Trecho com alto índice de acidentes – Mas não existe uma placa que diz: Fim do trecho com alto índice de acidentes. É mais fácil usar a sinceridade para convencer o motorista a ir mais devagar e ser cauteloso como a que informa: Cuidado. Perigo de morte. Mais prática e não é preciso dirigir até o final do trecho de acidentes, se chegou ao fim, é porque a placa cumpriu sua função.
Talvez seja nesse contexto que aquela que informa Mudança de Sentido faça algum sentido. O cara que morreu mudou realmente sentido, ele estava indo em frente agora está indo para cima, ou para baixo (quem sabe?). Ou essas placa tem alguma mensagem subliminar que deixa as pessoas mais felizes e elas descobrem um novo sentido na vida?
E porque a nossa placa de: Cuidado. Animais na pista é um veadinho saltitante? Nós não temos Bambis nas nossas matas, alguns dizem que tem nos estádios, mas nas nossas matas predominam os lobos, as capivaras e até as jaguatiricas, mas, não os veadinhos saltitantes das placas. Nas ruas virá e meche tem um viado atropelado, mas nunca um veado.
Nas marginais em São Paulo às placas são um capitulo a parte. No horário do rush todo mundo respeita a placa de Velocidade Máxima. O respeito é tão grande que ninguém nem anda. Ficam todos lá, paradões. Mas é ai que surge o outro problema, estão infringindo a placa de Proibido Parar. Isso mostra como a CET é burra. Ela cumpriria a meta diária de multas muito mais rápido deixasse um marronzinho anotando as placas dos carros que pararem em baixo da placa. Multa rotativa: 1 carro por minuto. Às vezes 1 carro a cada 5 minutos. Depende do trânsito.
Agora os shoppings centers deveriam ser processados por propaganda enganosa. Ao entrar no estacionamento criam à esperança que a sua experiência rodando no estacionamento por horas vai durar segundos, bastando seguir as placas de Vagas. Mentira. Tudo mentira. Não importa o quão cedo você chegou às vagas já estarão tomadas e o cinema começará antes de uma vaga desocupar. Se as placas informassem - Vagas Ocupadas. Seja paciente e fique rodando – seria mais honesto.
Então pense, dá próxima vez que for tirar o carro da garagem talvez você devesse seguir o conselho de uma dessas infinidades de placa e fazer o Retorno.
4 de abril de 2007
Quer água de que sabor?
Deus esqueceu o aquecedor ligado e deixou as janelas fechadas. As pessoas andam na rua parecendo torradas pulando da torradeira. Derreto como um cubo de gelo dentro do meu carro. São Paulo virou o Saara.
De repente: um Oásis! Uma geladeira cheia de garrafinhas de água!
Estaciono meu carro, que contrário dos camelos, não passa um dia sem beber (não posso reclamar, puxou o dono).
Abro a geladeira, o ar gelado que dela sai me faz sentir a água hidratando meus poros, matando minha sede! Estico minha mão, mas peraí, não tem água!
Quer dizer, tem, mas não tem. Aquela sem gosto, sem cor e sem cheiro não.
Tem água com gosto, cor, cheiro, marca tipo calórico. Daqui a pouco vão inventar só água em Pó – Pronta para consumo, basta adicionar água! Vai acabar com a sede no nordeste.
Fico indeciso.
“Hoje vou tomar água com gás ou sem gás?”
Sem gás! – Me decido, eu acho?
Com sabor ou sem? – Mais essa?
Se for “sem sabor” experimento a água que brota das fontes termais do Jalapão ou à aditivada com minerais hidratantes extraídos dos calcários rochosos das montanhas da Ilha de Java? Quem sabe água virgem das montanhas de gelo dos Alpes Suíços que derretem direto dentro da garrafa? Dizem que levam anos de gota em gota pra encher uma garrafinha de 500ml.
Mas eu acho que hoje minha sede está pedindo sabor – isso porque até segundos atrás minha sede pedia água. Pura. Incolor e inodora, apenas gelada. Muito gelada.
Será que eu fico com a já tradicional água sabor limão (sabor tradicional de água deveria ser “Sem Gosto”) ou experimento essa com suave sabor dos Morangos Silvestres da costa de Papoa Nova Guyné? Mas e a de Jabuticaba-Selvagem da caatinga nordestina com toque de pequi? Melhor, talvez essa de Laranja cítrica com essência de Orquídeas albinas do centro-oeste asiático?
Sabia que nesse calor estava tendo alucinações e o Oásis não passava de miragem. Ali tinha tudo, menos água.
Desisto.
Pego uma Coca-Cola. De um jeito ou de outro é água com gosto artificial.
De repente: um Oásis! Uma geladeira cheia de garrafinhas de água!
Estaciono meu carro, que contrário dos camelos, não passa um dia sem beber (não posso reclamar, puxou o dono).
Abro a geladeira, o ar gelado que dela sai me faz sentir a água hidratando meus poros, matando minha sede! Estico minha mão, mas peraí, não tem água!
Quer dizer, tem, mas não tem. Aquela sem gosto, sem cor e sem cheiro não.
Tem água com gosto, cor, cheiro, marca tipo calórico. Daqui a pouco vão inventar só água em Pó – Pronta para consumo, basta adicionar água! Vai acabar com a sede no nordeste.
Fico indeciso.
“Hoje vou tomar água com gás ou sem gás?”
Sem gás! – Me decido, eu acho?
Com sabor ou sem? – Mais essa?
Se for “sem sabor” experimento a água que brota das fontes termais do Jalapão ou à aditivada com minerais hidratantes extraídos dos calcários rochosos das montanhas da Ilha de Java? Quem sabe água virgem das montanhas de gelo dos Alpes Suíços que derretem direto dentro da garrafa? Dizem que levam anos de gota em gota pra encher uma garrafinha de 500ml.
Mas eu acho que hoje minha sede está pedindo sabor – isso porque até segundos atrás minha sede pedia água. Pura. Incolor e inodora, apenas gelada. Muito gelada.
Será que eu fico com a já tradicional água sabor limão (sabor tradicional de água deveria ser “Sem Gosto”) ou experimento essa com suave sabor dos Morangos Silvestres da costa de Papoa Nova Guyné? Mas e a de Jabuticaba-Selvagem da caatinga nordestina com toque de pequi? Melhor, talvez essa de Laranja cítrica com essência de Orquídeas albinas do centro-oeste asiático?
Sabia que nesse calor estava tendo alucinações e o Oásis não passava de miragem. Ali tinha tudo, menos água.
Desisto.
Pego uma Coca-Cola. De um jeito ou de outro é água com gosto artificial.
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