11 de novembro de 2005

O Reino Cagado da Propaganda

Os passarinhos cantavam, o sol brilhava, as criações estavam no prazo, os clientes aprovavam as campanhas, todos eram felizes. Mas um simples xixi pôs fim a toda paz que reinava no Reino Encantado da Propaganda.

Certo dia, em uma visita de reconhecimento o Jeba Master, precisou usar o banheiro. E qual não foi a sua surpresa ao se deparar com pinturas na privada. Definitivamente tinha algo, ou melhor alguém, podre no lindo Reino Encantado da Propaganda.

O Jeba Master então convocou o Jeba Medium para ver aquela obra prima da natureza humana. Depois veio o Jeba Estágiario. Dizem que eles até tiveram razão, parecia que o cara tinha sentado num liquidificador.

E depois daquele xixi, tudo ficou marrom no agora Reino já Não tão Encantado da Propaganda. Boatos correram pelas quatro salas encantadas. Haveria uma verdadeira caça ao Cagão, com direito até a colocação de rolhas em orifícios suspeitos. As pessoas já não trabalhavam mais aliviadas como antes, o ar e as pessoas estavam ficando cada vez mais pessados.

E para acalmar o incontrolável Jeba Master, foi instalada a CPI do Cocô para descobrir quem foi o ser humano sem escrupúlos que teria feito tal coisa.

Seriam investigados todos funcionários do Reino Cagado da Propaganda.

Primeiro, queriam ver quem estava com as mãos amarelas, mas alguém lembrou que isto só funciona para os seres humanos gasosos. A idéia foi pelos ares, mas não sem antes deixar um cheiro pouco agradável.

Foi decidido imprimir uma circular: A partir daquele dia só seria permitido usar o sanitário para o número dois, caso fosse assinado uma via garantindo que a louça não seria assinada. Vide que em caso de necessidade extrema, como: dor de barriga ou ingestão em demasia de repolhos, haveria uma dispensa rápida para usar o banheiro da padaria em frente. Mas sabiamente está idéia também foi por água abaixo sem deixar nada impresso no vaso.

Mas a merda da CPI já estava instalada, era necessário alguma solução.

Em reunião extraordinária, convocaram a faxineira para ser a agente investigatória especial. Ela ficou incumbida de verificar privada por privada após o uso de cada pessoa no escritório, coletando dados, como cheiro, textura, coloração e coisas do gênero.

Mas perceberam a idéia era uma verdadeira bosta e porque ninguém fica examinando a bosta dos outros.

Depois de dias de estudo - mesmo por que não havia nada mais importante para fazer em uma agência, que tem parte da conta da maior empresa do Mundo - meditando sobre o que fazer com o uso das privadas e seus usuários, chegaram a brilhante solução: compraram uma Escovinha.

Uma Escova branquinha igual a privada. Assim as pessoas poderiam usar tranquilamente o sanitário deixando a pintura de porcelana para os portugueses, que tem know-how de anos.

E a paz foi retornando, as pessoas trabalhando mais alividas e aos poucos até os passarinhos voltaram ao Quase Reino Encantado da Propaganda.

E como final feliz em propaganda tem que ter anúncio, foi criada a campanha de incentivo e concientização do uso do novo instrumento de trabalho:

Eu já usei a escovinha hoje. E você?

Epílogo: Até hoje o culpado por pintar o vaso continua desaparecido. E os seus vestígios também.

3 comentários:

Anônimo disse...

Depois quero saber quem é o cagão, se descobrirem!!!

Te amo!
Beijinhos

Anônimo disse...

Porra, atualiza logo esse blog....quero ver a próxima
Abço!

Anônimo disse...

Essa postagem me deu vontade de cortar o rabo do macaco...