21 de dezembro de 2006

O Custo Natal

Dingou Beus! Dingou Beus! É Natal. Hora de refletir como fazer o décimo terceiro, que esperamos o ano inteiro para por as contas em dia, sobrar e render para os presentes da família, do amigo secreto do trabalho e do pessoal do curso de aramaico, além de sobrar para ceia.

Hora de calcular o custo Natal.

A família divide a ceia. Todo mundo briga para na hora de comprar tender. Ninguém quer. E o pior é para o pato que pagou o pato, quer dizer o tender, porque sempre sobra e ninguém come.

Os presentinhos dos priminhos e das titias compradas no esquema Rua 25 de Março saem mais barato que os 30 minutos de ar-condicionado ligado no trânsito onde nem a dona inércia anda e aquela coxinha fresquinha de ontem de manhã no Bar que se auto-intitula padaria e que não vende pão.

Só que de lá não dá para comprar o presente do chefe (alguém sempre tira ele no amigo secreto da firma), porque funcionário que preza o 13 do ano que vem, não dá presente do senhor de gancho na mão e perna de pau.

Corre do trabalho para o Shopping. Rodadinha de meia hora até estacionar. Mais um salgadinho para matar a fome pré-compras. Algumas comprinhas em 12 vezes no cartão ali. Mais uns pré-datados ali. Mais o jantar pós-compras. Mais uns reais de estacionamento. Igual a menos dinheiro. Neste caso, pode ser um custo elevado ao fator exponencial, se tiver que repetir a equação mais vezes.

Essa soma nem matemático explica porque toda a soma da positivo, mas nesse caso da negativo.


Pelo menos o bolso daqueles que passam o Natal sem namorada(o) agradece. Nesse caso a subtração soma. Porque além do presente do conjugue ser sempre o mais caro, o custo acessório sogro, sogra, cunhado e cunhada é alto.

E quando parece que os gastos chegaram ao fim, o custo Natal continua aumentando e o salário diminu-indo. Ainda tem o jantar de confraternização da empresa, o churrasco no futebol e o amigo secreto dos amigos. Tudo pela bagatela de mais uma passadinha no Redeshop.

De lembrança do Natal ficam as 12 prestações do cartão de crédito, que quando estiverem pagas, já é Natal. De novo.

Boas Compras! Quero dizer, Boas Festas!

13 de dezembro de 2006

Escova que só não Escova os Dentes.

O intervalo comercial da novela das 8 - que passa as 9 - exibe: “Design revolucionário. Mais conforto. Mais proteção. Maior desempenho.” Com tantos atributos e cenário futurista, se não for propaganda da NASA, tem que ser de um carro importado que voe.

Engano. É apenas o lançamento da Escova-X: Mega Limpalizer. Desenvolvida por profissionais que passam o dia inteiro pensando em você no banheiro. São milhões de dólares investidos para desenhar uma escova revolucionária. Diferentes de todas as outras: Com cabo e cerdas.

Injustiça. São tantos os modelos disponíveis que fica até difícil escolher entre a versão Comfort - com massageadores laterais ou GLX com cerdas opostas (seja lá o que isso signifique), só falta à versão Tunning movida à pilha, com mp3 player, cerdas rebaixadas e neon.

E para justificar a tecnologia envolvida (?) é recomendável ler o modo de usar antes de aplicar pasta nas cerdas e escovar os dentes: “Uso oral.” - Genial, fica impossível não pensar em uma piada de duplo sentido. “Use apenas para escovar os dentes.” - São tantos os recursos que o uso poderia se estender para se esfregar as costas também. “Aplique pasta dental marca X, para melhor rendimento.” Resumindo, além de pagar uma fortuna numa escova de dente, se não usar a pasta dental indicada ela não funciona? É isso?

Agora com licença, que eu vou escovar meus dentes com minha antiga escova que “apenas escova os dentes” e funciona com qualquer pasta.