Um engenheiro constrói um prédio para chegar ao fim.
Viajamos horas para chegar a um destino.
Um jogador de futebol espera quatro anos para chegar a uma final de Copa do Mundo.
As pessoas fazem sexo para gozar.
Por que o melhor fica para o fim.
O fim é que faz todas as outras partes terem valido a pena. O começo te deixa em chamas. O durante libera os instintos animais. Mas é o final que leva as estrelas. Afinal gozar é a melhor parte. E essa metáfora é válida para todas as partes da vida.
Mesmo nos filmes é o final que dá o tom. É a última cena que deixa a sensação de “bom filme” ou “que bosta de filme”. Não adianta fazer um grande filme se o final decepcionar. É como ter ótimas preliminares, um durante fantástico (de deixar o escritor do Kama Sutra envergonhado) e não gozar. Vale a pena? Óbvio. Mas fica a sensação: poderia ter sido melhor.
Quem acompanha novela não perde o último capítulo, mesmo sabendo o final desde o primeiro capítulo, porque é justamente no final que está a melhor parte.
Ninguém acompanha novela para não assistir o último capitulo.
Nenhum engenheiro constrói um prédio para deixar pela metade.
Nenhum maratonista começa uma maratona almejando correr só 21 km.
Até namoro começa pra chegar ao fim: casamento.
Assim como ninguém faz sexo não querendo gozar.
Porque a melhor parte a gente sempre deixa para o final.
É claro que existem as exceções: como as caixas de bombons surpresa. Os piores ficam para o fim. Geralmente os de banana, coco queimado ou marshmallow.
Tudo é começado para um dia chegar ao fim, assim como a vida. Talvez o fim dela seja a melhor parte, mas é o durante que faz o fim dela realmente valer a pena. Igual ao sexo.
4 comentários:
Podia ser melhor. Todo mundo só trepa pra gozar, isso é ÓBVIO!
Não consegui postar no da "Coisa", mas queria dizer q foi ótima, adorei o jogo de palavras...
Parabéns, cara!
mew..na boa..você é foda
admiro o que escreve
:D
Discordo, o último bom-bom é sempre o de Café! Por que ninguém come aquela porra!?
Achei que a resalva tinha que aparecer um pouco antes Jokah, pra evitar um pouco da quebra de coerência, mas quem eu penso que sou pra ser crítico literário?
:D
Bom texto!
Falou!
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