3 de abril de 2010

Na Rua


Me jogou com violência em cima do canteiro. Dobrava e apertava meu braço contra minhas costas. Sua outra mão abaixou minhas calças, suas unhas arranharam minha bunda. Chutou minhas pernas, assim como policiais fazem com suspeitos, para abri-las o máximo possível.
Cada vez que eu tentava reagir, mais ele apertava e entortava meu braço contra minhas costas. Senti seu pênis ereto forçando a entrada.
A dor. Que dor!
Ele jogou seu peso sobre mim, sua barba suja roçava meu pescoço. Seu hálito de cachaça e seu mau cheiro me deram ânsia. Por duas ou três vezes quase vomitei.
Não sei quanto tempo demorou tudo aquilo. Quando ele terminou, soltou seu peso sobre um corpo exausto de dor. Largou meu braço dormente deixando uma marca roxa dos seus dedos. Se levantou e foi. Só vi ele se afastando, pegando seus sacos de coisas sujas, não vi seu rosto. Não importava.
Demorei um pouco naquela posição até conseguir forças para me levantar, limpei sua baba da minha orelha, tirei grãos de arroz do meu pescoço. Fui para casa com pernas cambaleantes e porra escorrendo entre elas.
Não acreditava que aquilo tinha acontecido. Em casa cumprimentei minha esposa com um longo e demorado beijo.
- Isso no braço não foi nada. Um mendigo tentou me assaltar. Claro que ele se fodeu. Botei gostoso na bunda dele. Vou tomar um banho, tá?
Abri o chuveiro ao máximo e toquei uma punheta.

O tema da semana era um conto erótico, com o seguinte plot: Uma noite com o Mendigo.

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